Durante três meses realizei, na pediatria do Hospital Amato Lusitano (HAL), em Castelo Branco, um estágio curricular, no âmbito da conclusão da licenciatura de Animação Sociocultural, curso da Escola Superior de Educação Comunicação Desporto da Guarda (IPG). Pretendo, com este artigo, divulgar o papel do animador e a sua importância, num contexto real de trabalho, como a Pediatria HAL. As actividades realizadas durante o estágio estiveram sempre de acordo e adaptadas às patologias de cada criança, como também pensadas no sentido de colocar os acompanhantes a partilhar as mesmas.
A Animação hospitalar é muito importante, a assistência da criança hospitalizada é primordial; no entanto, não devemos esquecer os pais e ou familiares mais directos do doente. A hospitalização de uma criança cria uma mudança dos costumes familiares, com variadíssimos efeitos, e o animador deve estar apto a colmatar essas deficiências, que por vezes se tornam longas.
As actividades que se propõem no âmbito da animação são sempre pensadas no sentido de dar resposta às necessidades de cada criança, tendo em conta a doença, a fase em que se encontra, o estado de espírito, o tratamento, assim como as capacidades e recursos que o meio hospitalar oferece.
A Animação Sociocultural na pediatria deve ter em conta toda uma metodologia participativa, flexível, aberta, personalizada, lúdica, motivadora, dialógica, adaptada, possibilitadora de desenvolvimento pessoal e do grupo em função dos objectivos.
Gostava que este artigo ajudasse a esclarece o papel do animador sociocultural na sociedade, por vezes mal compreendido, e a sua importância num meio que é de todos e para todos.
Aqui fica o meu testemunho.
Zélia Duarte
